O que já foi um sonho de levantar a primeira rodoviária de Garuva, hoje a manutenção do local causa transtornos para a família que ainda mantém o espaço funcionando nas margens da Avenida Paraná, como conta Célio Luiz Budal, de 65 anos, um de seus administradores.
Com o fim da concessão obtida pela família no final da década de 80, Célio afirma que, sem o apoio do poder público para auxiliar nos gastos básicos, a Rodoviária Maria Clara, de Garuva, poderá fechar. Em entrevista ao Folha Norte SC, o administrador pontuou algumas situações que prejudicaram a receita do estabelecimento.
Redução do fluxo de passageiros
Célio destaca que durante a pandemia da Covid-19 houve um período de seis meses que a rodoviária não recebeu fluxo de passageiros, desta forma, houve uma queda drástica nos valores obtidos pela taxa de embarque, que fica para a administração do local e é utilizada na manutenção da rodoviária.

Atualmente, ainda com uma redução de 80% de passageiros, o administrador enfatiza que a família está tirando do próprio bolso para pagar as despesas do local. “Não paga o papel higiênico e o papel toalha dos banheiros, e os dois funcionários da rodoviária”, complementou sobre os valores obtidos com a taxa. Além disso, com a pandemia, há gastos redobrados, incluindo com álcool em gel, devido às novas regras de serviços públicos do Governo de Santa Catarina.
Mesmo que a manutenção da rodoviária seja de interesse público, a família ainda precisa arcar com as contas de luz, água e o IPTU de uma área de aproximadamente 8 mil metros quadrados, lembra Célio.

Estragos causados pelo ciclone bomba
Outro fator que prejudicou a receita da rodoviária foram os estragos causados pelo ciclone bomba. Célio destaca que o telhado da rodoviária foi destruído e a família teve que vender um negócio para arcar com as despesas que chegaram aos R$ 500 mil.

Foto: Herison Schorr
Estudos da Prefeitura de Garuva
Em resposta ao Folha Norte SC, a Prefeitura de Garuva informou que está realizando os estudos para realização da nova concessão do serviço público da rodoviária que será lançado esse ano.
Com as adversidades, Célio espera da Prefeitura de Garuva as resoluções da nova concessão. “Nós temos interesse em continuar, mas, do jeito que está, não temos condições”, lamentou.
Texto: Herison Schorr
Jornalista formado pela Faculdade Bom Jesus Ielusc
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Que as alteridades competentes não deixe feixar a rodoviária temos que progredir e não regredir .